Laila + Phillipe = Maria Flor

Acredito que agora, quase um mês depois, estou em condições físicas e emocionais pare descrever a experiência mais próxima do divino que passei…

Após quase 41 semanas finalmente comecei a sentir as contrações de trabalho de parto. Era dia 04/09/2023, segunda-feira, por volta das 5h da manhã. Acordei com dores intensas, frequentes, mas sem ritmo. Monitorei os minutos, e as dores vinham com intervalos variados, entre 5 e 10 minutos. Ainda havia um longo caminho a percorrer, mas mandei mensagem pra minha doula dizendo que Maria Flor estava chegando. Aguardamos as contrações entrarem em ritmo, mas de repente elas simplesmente sumiram. Era por volta de meio dia e eu não sentia mais nada. Simone me acalmou e disse que era comum que isso acontecesse e que em breve elas voltariam. Tentei descansar, mas ansiedade era mais forte, então minha missão era esperar.

O dia passou e voltamos para o plano inicial, que era ir para o hospital no outro dia para induzir o parto. Organizamos as malas, e nos deitamos. Contudo, às 23:30, as dores voltaram mais intensas que nunca. Tentava monitorar, mas era difícil ficar deitada de barriga pra cima por 20 minutos. As contrações já estavam mais ritmadas, vindo entre 2 e 3 minutos. Fui para o chuveiro pra tentar aliviar e nesse momento percebi a bolsa se rompendo. Saiu também o tampão mucoso. Voltei pra cama para avaliarmos as contrações e com mta dificuldade consegui ficar os 20 minutos. Quando terminamos, Philipe olhou pra mim e disse que estava na hora. Buscamos a Simone e fomos para o hospital.

Com contrações de 3 em 3 minutos, chegamos ao Sofia Feldman as 3h da manhã. Na primeira avaliação já fiquei surpresa… já estava com 5cm de dilatação. Fizemos vários exames para dar entrada na internação e já me mandaram direto para a sala de parto. E para a minha felicidade, fui encaminhada para o quarto que eu sempre desejei, o “Dona Beija”. Eu só sabia agradecer e pensar o quanto Deus era bom pra mim.
Eu estava com líquido meconial, então a primeira atitude da equipe foi fazer exames no cardiotoco para avaliação dos batimentos cardíacos da Maria durante as contrações. Depois disso, conversamos muito, fizemos lanches, dançamos e quando deu umas 10h da manhã, as contrações pararam de novo! A condução sugerida pela equipe foi começarmos com a ocitocina para que o trabalho de parto não fosse interrompido. Aceitei e iniciamos a indução. Com a volta das contrações, fui pra banheira para aliviar as dores. Me concentrei por um tempo e pedi para ir pro chuveiro. Eu já estava com aquela vontade de fazer força, então me ofereceram a banqueta. Eu achei que já estávamos perto do nascimento, mas a cada contração, mais cansada eu ficava. Avaliamos o colo novamente e a dilatação ainda estava em 7cm. Neste momento detectamos que ainda havia uma membrana com líquido impedindo Maria Flor de descer. A enfermeira, então, rompeu essa membrana. Eram 15h mais ou menos quando eu pedi anestesia. Eu realmente estava cansada e precisava de um tempo para prosseguir.

Retornei da epidural super animada para continuarmos, mas as 18h, com um novo exame de toque, ainda estávamos com 7cm. Aumentamos a dose de ocitocina e eu comecei a ficar com medo, muito tempo de bolsa rota e ainda com mecônio. Mas era um medo só meu, pois o coraçãozinho de Maria Flor seguia batendo lindamente. Às 20h, sem evolução, pedi pela cesárea. Fui encaminhada, então, ao Centro Cirúrgico e as 21:22h, com 49cm e 3,405kg, Maria Flor veio ao mundo! Perfeita, saudável, direto para os meus braços. O amor da minha vida, meu maior sonho realizado! ❤️🌻

E posso dizer que a via de parto não foi a que eu esperava, mas foi a que me trouxe o meu maior presente: Maria Flor!