top of page
  • Ícone do Facebook Preto
  • Ícone do Instagram Preto
  • Ícone do Yelp Preto

Create Your First Project

Start adding your projects to your portfolio. Click on "Manage Projects" to get started

Fabíola + Lucas e Afonso.

Tipo de projeto

Fotografia

Data

Abril 2023

Começo meu relato de parto contando sobre minhas últimas semanas com o Afonso em meu ventre, para mostrar a importância de ter conhecimento sobre o que você deseja e almeja como parto.
Eu estava para completar 37 semanas quando a insegurança começou a tomar conta. Como de costume realizei minha ultrassonografia e para minha surpresa meu bebê já passava de 3kg. No dia seguinte tinha consulta com minha obstetra e o meu medo se concretizava. “Fabíola seu bebê está muito grande, ele chegará a 4kg e quando isso acontece a indicação é que seja realizada uma cesárea”. Meu mundo caiu com essa informação.

Desde a descoberta da gravidez fantasiei meu parto de forma natural e sagrada. Era o meu sonho. Eu queria passar por essa experiência e para que isso acontecesse busquei informação desde cedo. Foi então que vi a necessidade de ter uma doula para caminhar do meu lado durante essa jornada. Logo no início a Simone me instruiu de diversas maneiras e a frase mais ouvida durante a gestação foi “Uma mulher empoderada sobre seu parto é uma mulher com conhecimento.” Apesar de ter estudado e lido que o peso do bebê não influencia tanto na hora do parto escutar da sua médica que te acompanhou durante toda a gestação que seu bebê era grande demais e que a melhor hipótese era cesárea não foi nada legal. De imediato entrei em um leve desespero, mas a Simone me tranquilizou. O posicionamento do bebê era o que mais importava, e o Afonso estava como deveria estar.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Passamos pela 38ª semana escutando da médica que meu bebê era grande e a melhor alternativa era cesárea, mas me mantive firme com a ideia de parir de forma natural. Cheguei a 39ª e esse era o prazo colocado pela médica para que entrasse em trabalho de parto, a justificativa era que a partir da data pode ocorrer morte do feto tardio e isso não tem motivo, o bebê perde os sinais vitais e falece. Mais um momento desesperador, como assim, eu estava colocando a vida do meu bebê em risco por não querer ter cesárea. Mais uma vez fui à busca do conhecimento, recorri a Simone que me tranquilizou e me aconselhou buscar outras opiniões. Assim foi feito. Resolvemos esperar até a data prevista que seria 06/10.

Esse dia chegou e nada do Afonso manifestar interesse em vir ao mundo. Tínhamos outra consulta no dia 07/10 com a obstetra, eu já estava com o peito apertado, pois sabia o que iria ouvir, e não deu outra. “Fabíola, você já passou de 40 semanas e o seu bebê está grande, você tem duas escolhas: cesárea ou vamos induzir o parto amanhã.” Recorri a Simone de novo, que foi meu apoio emocional nesse momento. Busquei orientação no hospital Sofia e realizei outro exame de ultrassonografia, tudo ok, nada de anormal que devêssemos nos preocupar. A orientação foi de que eu aguardasse até 41 semanas para poder tomar uma decisão sobre o que fazer sobre meu parto. Assim eu fiz.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Desde o início da gravidez a escolha do local para o parto foi algo muito bem estudado e havíamos optado pelo Neocenter. No domingo fomos para Belo Horizonte, pois na segunda de manhã eu daria entrada na maternidade para decidir como o Afonso viria ao mundo. À noite a ansiedade veio à tona e pedi por força para enfrentar tudo o que viria no dia seguinte. Mal sabia que seria o dia mais feliz da minha vida.

O dia amanheceu e eu já estava de pé antes mesmo do sol raiar. Dormi pouco por conta da ansiedade e acordei com incômodo para ir ao banheiro. Apesar das contrações não imaginava que ali estava iniciando meu trabalho de parto. Desci para tomar café da manhã e já não consegui sentar corretamente na cadeira além do desconforto para ir ao banheiro. Seguimos para a maternidade, passamos pela recepção e logo fomos para triagem e nesse momento começo a sentir contração com intervalos menores. Conversamos com a enfermeira e já me apaixonei pelo atendimento. Explicamos toda a situação para ela e para a minha surpresa ela já me disse para ficar tranquila, pois havia mulheres que chegavam lá para resolver o que fazer para parir e quando iam realizar o exame descobriam que estavam com 6 cm de dilatação. Aquilo me encheu de esperança, mas já estava preparada para o que tivesse que vim, indução ou até mesmo cesárea. Da triagem fomos para a consulta com a obstetra de plantão, Dr. Priscila. Contamos toda a história novamente e ela realizou o exame de toque, mais uma surpresa, eu estava com 4 cm de dilatação. Como as contrações ainda não estavam ritmadas ela me deu duas opções: internar e realizar a indução ou retornar para o hotel e aguardar o trabalho de parto entrar na fase ativa. Pedi a médica um tempo para poder conversar melhor com o meu companheiro e com minha doula sobre as opções e assim foi feito. Liguei para a Doula, conversamos e a conclusão foi que o ideal seria induzir, desliguei o telefone e logo depois senti uma contração forte e a calcinha molhada. Perdi o tampão nesse momento, dei uma leve desesperada, mas me mantive na decisão de induzir o parto. Avisamos para a equipe médica e começou todo o trâmite para a internação. Para a minha surpresa a maternidade estava lotada, não havia quarto disponível, as altas ainda estavam sendo dadas e eu comecei a ter contrações ritmadas na recepção. Às 9:30 comecei a ter contrações com um intervalo de 10 minutos. Por volta das 11:00 minhas contrações vinham com intervalos de 4 minutos, a sala de parto havia sido liberada e tanto minha doula quanto meu fotógrafo haviam saído

Já na sala de parto fui direto para o chuveiro, nesse momento senti um alívio imediato, o Lucas e minha mãe estavam comigo, meu plano de parto foi mostrado para os profissionais que iriam assistir meu parto e eu fui avaliada mais uma vez. Para a minha surpresa e felicidade eu entrei em trabalho de parto na fase ativa sem indução e de forma natural. Apesar da dor eu estava em êxtase e agradecida, pois o Afonso viria como eu sempre quis, no momento dele. Por volta das 13:30 minha doula e meu fotógrafo chegaram na sala de parto, nesse momento chorei de felicidade, tudo estava completo. Minha mãe optou por não permanecer na sala de parto, e hoje agradeço por ela ter tido a iniciativa de sair, pois ela não aguentaria ver tudo que estava por vir. Simone já chegou realizando todas as técnicas possíveis para amenizar minha dor, direcionando a dor para o local certo, me fazendo entender que era essa dor que traria meu filho ao mundo e a encarar ela como uma coisa necessária. Passamos por massagens, aromaterapia, auriculoterapia, empoderamento, exercícios e tudo mais. Cada técnica foi de extrema importância para que eu suportasse tudo sem desistir. Com o passar do tempo às contrações foram ficando com intervalos cada vez menores e a dor cada vez mais intensa e ininterrupta. Comecei a cogitar a possibilidade de pedir analgesia, estava cansada, começando a ficar sem paciência, com muitas dores e com o psicológico super afetado. Mas então batia a insegurança de retardar o meu trabalho de parto e não conseguir mais. Vivi um dilema até admitir que não era o que eu queria mas era o que eu precisava. Às 16:00 optei pela analgesia, antes pedi para ser examinada e vermos como estava meu trabalho de parto. Fui examinada e para a minha surpresa estava com 9 para 10 cm, tudo fazia sentido, estava na hora da covardia.

Eu estava estressada, nervosa e insuportável antes da analgesia, não queria ninguém perto de mim, me abandando ou fazendo massagem, nesse momento a vontade era de bater em alguém, sim, dar uns bons socos pra ver se amenizava o que eu estava sentindo. Faltava-me o ar para respirar e manter uma conversa coerente com qualquer pessoa e só encontrei conforto no abraço da Simone. A decisão mais difícil e mais sábia foi ter optado por tomar a analgesia. Nesse momento eu estava odiando o meu parto e não era isso que eu almejava, eu queria viver aquele momento no ápice da plenitude. Assim foi feito, expliquei que gostaria de uma analgesia baixa para que não parasse meu trabalho de parto só me desse um respiro, recebi a analgesia e pude descansar 40 minutos, foi instantâneo. O Lucas até conseguiu dormir. Após esse tempo retornamos aos trabalhos, já que a Simone me alertou que como eu havia pedido uma dose pequena ela logo passaria e as dores voltariam todas como antes.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Mais que depressa me levantei da maca e comecei a fazer os exercícios recomendados pela Simone. Já eram 17:00 e para não tornar o momento tão tenso consegui até dançar um pouquinho Anitta entre um agachamento e outro. No terceiro agachamento a Simone suspeitou que estava vendo a minha bolsa, ela chamou a enfermeira e a suspeita foi confirmada.

Eu estava na fase do expulsivo. Nesse momento agradeci por ter conseguido chegar a tal momento, ainda sem acreditar, mas com as forças recarregadas para poder trazer ao mundo o meu Afonso. Continuei a agachar quando as contrações vinham e em certo momento comecei a sentir vontade de fazer força. Pedi para usar o banquinho, pois já não estava conseguindo me manter apoiada sozinha. Afonso ainda estava dentro da bolsa que permanecia intacta, optamos por perfurar para que fluísse melhor. Assim foi feito, a enfermeira Rose passou um lençol por traz das costas e pediu para eu colocar os pés apoiados em seus joelhos para ver se eu me sentia confortável e conseguia fazer os puxos com mais força. No primeiro puxo comecei a entender o que era o tão temido círculo de fogo, e nesse momento a vontade da largar tudo e sair correndo bate forte. A equipe que me assistia sugeriu colocar músicas que o Afonso havia escutado e gostado durante a gestação e mais que depressa eu gritei por uma música “Velha infância”, logo em seguida outra contração, eu gritava e urrava nesse momento me falaram que ele era cabeludo e se eu queria sentir ele. Outra contração, outro puxo e outra música. Sentia ele se encaixando, mas nada dele sair. Senti um leve desespero, e gritei muito, pois não estava acreditando que eu conseguiria “Puta que pariu vocês não falaram que ele é cabeludo, tira ele pelos cabelos! Eu não aguento mais! Isso não foi feito para sair por aqui!”. Nesse momento o Richard conseguiu registrar o exato instante em que a cabecinha já apontava e me mostrou a foto. Foi o suficiente para que eu recuperasse e juntasse forças não sei de onde para fazer o último puxo, continuo e forte. Acho que a maternidade inteira conseguiu escutar quando o Afonso chegou. Às 17:46 meu pacotinho de gente chegava ao mundo. O alívio veio imediatamente e junto um mix de sentimentos, um amor sem igual, realização por ter conseguido parir, agradecimento a todos que participaram do meu momento e a sensação de superação.

Eu consegui! Passei por todas as fases e a minha recompensa foi sentir o Afonso quentinho em meus braços. Pari um Libriano a coisa mais linda do mundo. Não foi fácil, doeu bastante, mas eu consegui. E faria tudo novamente.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
As gestantes e futuras mamães se informem, se munam de informação para que nada aconteça sem o seu conhecimento. Procure profissionais que te deem assistência quando necessário, te apoiem nas suas decisões e que vivam o mesmo sonho que você.

CONTATO

ENDEREÇO

Narciso Junior, 323 - Sexto andar, Conselheiro Lafaiete - MG.

CONTATE-NOS

(31) 9 9484 2279

© 2024 por DOULA SIMONE BIBIANO ltda. Orgulhosmente criado com Wix.com

  • Ícone do Facebook Branco
  • Ícone do Instagram Branco

Obrigado pelo envio!

bottom of page